sábado, 25 de abril de 2009

Espetáculo de galáxias marca os 19 anos do Hubble


Para comemorar os 19 anos do Hubble, a Nasa (agência espacial americana) e a Agência Espacial Europeia divulgaram uma série de imagens feitas pelo telescópio espacial que mostram um incomum sistema interligado de galáxias.


O sistema, que recebeu a designação Arp194, engloba várias galáxias e um rastro azul de estrelas, gás e poeira que se estende por mais de 100 mil anos-luz.
Os núcleos de duas galáxias podem ser vistos no topo da imagem durante o processo de fusão. A brilhante causa azulada que surge no meio das duas é composta de várias estrelas recém-nascidas. O fenômeno geralmente ocorre quando duas galáxias se chocam.
A cauda azul parece conectar uma terceira galáxia, na parte de baixo, mas esta se localiza de fato ao fundo e não está relacionada com o sistema.
A ilusão ocorre por causa do alto poder de resolução das imagens do Hubble.
Localizada na constelação de Cepheus, o Arp194 está distante cerca de 600 milhões de anos- luz da Terra e é um dos vários sistemas conhecidos de galáxias que se mesclam e fundem.
As imagens foram feitas em janeiro de 2009 utilizando filtros azuis, verdes e vermelhos simultaneamente.
O Hubble foi lançado no espaço pela Nasa no dia 24 de abril de 1990. Desde então já captou mais de 570 mil imagens de 29 mil corpos celestes.

sábado, 14 de março de 2009

400 anos olhando para o céu


Escolhido como o Ano Internacional da Astronomia, 2009 celebra o aniversário de quatro séculos da primeira observação celeste com luneta, feita por Galileu Galilei, em 1609. Para celebrar a data, o Palazzo Strozzi de Florença apresenta uma mostra dedicada ao matemático e físico italiano que mudou a forma de a humanidade olhar para o céu.

Com o nome de Universo de Galileu – Imagens do cosmos da Antigüidade ao telescópio, a exposição propicia uma viagem ao visitante. Começa apresentando a visão mística e poética do céu do Antigo Egito e da Mesopotâmia. Prossegue com a cosmogonia grega, o modelo geocêntrico de Cláudio Ptolomeu (século 2 d.C.) e a astronomia árabe. Outro ponto de parada é o surgimento da teoria heliocêntrica, ou seja, de que a Terra girava em torno do Sol, de Nicolau Copérnico (1473-1543), com o apoio de Galileu e de Johannes Kepler (1571-1630). O fim da viagem descortina Isaac Newton (1642-1727) e sua nova concepção do Universo.

Leia o livro Commentariolus (Pequeno Comentário de Nicolau Copérnico sobre suas próprias hipóteses acerca dos movimentos celestes):

Galileu não inventou a luneta, mas foi quem teve a intuição de apontar o instrumento para o céu e observar os astros. Suas descobertas foram reveladas em um pequeno livro, Mensageiro das estrelas, publicado em 1610, que o transformou em pai da ciência moderna.

A única luneta original que pertenceu a Galileu existe até hoje e é um dos destaques da exposição, que conta com 300 objetos, entre peças arqueológicas, instrumentos científicos, desenhos, pinturas, afrescos, esculturas, relógios astronômicos e atlas celestiais.


Por Graziella Beting (jornalista e tradutora).

sábado, 7 de março de 2009

Nasa lança sonda em busca de planetas similares à Terra


A Nasa lançou, na noite dessa sexta-feira, a sonda Kepler, que partiu de Cabo Canaveral, na Flórida, em busca de planetas similares à Terra. "Esta missão quer responder a uma pergunta que é tão antiga quanto o tempo: existem outros planetas como o nosso por aí?", disse o administrador do diretório de missões da Nasa, Ed Weiler.

A Kepler está equipada com um potente telescópio para observar, durante três anos, cerca de 100 mil estrelas na zona das constelações de Cygnus e Lyra, na Via Láctea. Os investimentos chegam a quase US$ 600 milhões.

O telescópio buscará planetas que não sejam quentes ou frios demais, nem muito rochosos e que tenham água em estado líquido, ou seja, condições essenciais para a existência de vida, explicou o principal cientista do projeto Kepler, William Borucki.

Segundo o diretor da divisão de astrofísica da agência espacial, Jon Morse, "o inventário de planetas que Kepler deve realizar será de grande importância para a compreensão da frequência de planetas na mesma categoria do tamanho da Terra em nossa galáxia".

A Nasa batizou o telescópio de "Kepler" em homenagem ao astrônomo alemão do século XVII Johannes Kepler, que descobriu que os planetas giram em torno do Sol em elipses e não em círculos perfeitos.

Desde 1995, 337 exoplanetas (exteriores ao nosso sistema solar) foram descobertos em torno de estrelas, mas são muito maiores que a Terra e estão em lugares ou condições que tornam impossível a existência de vida.

CoRot, o satélite franco-europeu lançado em dezembro de 2006 com a missão de buscar exoplanetas perto de 90 mil estrelas, descobriu no início de fevereiro o menor desta categoria, com o dobro do tamanho da Terra. Mas sua temperatura é extremamente elevada.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Via Láctea 'é maior do que se pensava', dizem cientistas


Da BBC Brasil

A nossa galáxia é muito maior do que se pensava, segundo um estudo apresentado nesta semana em um importante congresso de astronomia na Califórnia, nos Estados Unidos.


Os resultados indicam que a Via Láctea tem mais ou menos o mesmo tamanho que Andrômeda, considerada até hoje como a maior galáxia do nosso grupo local de galáxias.


O estudo também revelou que a nossa galáxia está se movendo a uma velocidade 15% maior do que se estimava.


Segundo os especialistas, por causa da massa maior, colisões futuras com galáxias próximas podem acontecer mais cedo do que o imaginado. O astrônomo Mark Reid, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA), em Cambridge, nos Estados Unidos, e sua equipe usaram o sistema VLBA (Very Long Baseline Array) para calcular o tamanho e a velocidade da Via Láctea. O VLBA é formado por dez radiotelescópios espalhados pela América do Norte que, juntos, permitem um grau de resolução sem precedentes na astronomia.


Segundo o CfA, esse grau de resolução é tão grande que equivaleria a uma pessoa sentada em uma poltrona em Edimburgo, na Escócia, poder ler um jornal no Cairo, no Egito. Precisão ao usar o VLBA para medir o deslocamento aparente de regiões longínquas, formadoras de estrelas, quando a Terra está em lados opostos do Sol, os pesquisadores foram capazes de medir a distância até essas regiões com mais precisão do que em tentativas anteriores.


Reid e sua equipe apresentaram o estudo durante a 213ª conferência da American Astronomical Society (AAS), em Long Beach."Ao contrário de estudos anteriores, esses cálculos usam o método tradicional de investigação de triangulação e não dependem de quaisquer suposições baseadas em outras propriedades, como o brilho", disse um dos integrantes da equipe, Karl Menten, do Max Planck Institute for Radio Astronomy, de Bonn, na Alemanha. Os resultados indicam que a Via Láctea é cerca de 15% mais larga do que se pensava.


RotaçãoPequenas alterações na frequência das emissões de rádio que ocorrem porque as regiões estão se movendo dão aos pesquisadores uma estimativa de quão rápidamente a Via Láctea gira em torno de seu centro. Eles calculam que isso ocorra a uma velocidade de 914 mil km por hora, maior do que o valor estimado anteriormente, 792 mil km por hora. Esta velocidade, por sua vez, serviu como base para que os astrônomos calculassem a quantidade total de matéria escura presente na Via Láctea - a matéria escura é o componente invisível que forma a maior parte da massa da galáxia.


Os pesquisadores estimam que a Via Láctea tenha cerca de 50% mais massa do que se estimava, o que a equipara à galáxia Andrômeda. No passado, especialistas acreditavam que a Andrômeda, nossa galáxia vizinha, era a maior do nosso grupo. "Não vamos mais pensar na Via Láctea como a irmã pequena da galáxia Andrômeda", disse Reid. A massa maior aumenta a força da gravidade da Via Láctea, sugerindo que colisões com a Andrômeda e outras galáxias vizinhas podem acontecer muito antes do que se calculava - ainda assim, dentro de bilhões de anos.


noticiado em 06/01/2009 - 18h20

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Luas Misteriosas - Parte 02




Fobos é uma das duas luas de Marte. Fobos é a maior e a mais próxima lua de Marte. Fobos foi descoberto por Asaph Hall em 18 de Agosto de 1877, justamente 6 dias após a descoberta de seu parceiro Deimos.

Fobos é, em todo o Sistema Solar, o satélite que orbita mais próximo do planeta-mãe: menos de seis mil quilômetros acima da superfície marciana. Encontra-se, por isso, abaixo da órbita síncrona para Marte. Por esse motivo, a sua órbita vai descendo a um ritmo de 1,8 m por século. Assim, dentro de 50 milhões de anos pode ocorrer uma de duas coisas: ou Fobos se despenha sobre Marte ou, o que é mais provável; antes que isso aconteça, as forças gravitacionais destruirão o satélite criando um anel à volta de Marte.

Os astrônomos supõem que o satélite era provavelmente um asteróide que foi capturado pela força de gravidade do planeta. A outra lua Deimos e também algumas luas de Netuno, acreditam-se também que eram asteróides que foram capturados.



LUAS DE JUPITER

Júpiter é o quinto planeta a partir do Sol, e é o maior no sistema solar. Se Júpiter fosse oco, poderia caber mais de mil Terras dentro. Ele também contém mais matéria que todos os outros planetas combinados. Ele tem uma massa de 1,9 x 1027 kg e tem 142.800 quilômetros (88.736 milhas) de diâmetro no equador. Júpiter possui 16 satélites, quatro dos quais - Calisto, Europa, Ganimede e Io - foram observados por Galileo em 1610. Existe um sistema de anéis, mas que é muito tênue, sendo totalmente invisível da Terra. (Os anéis foram descobertos em 1979 pela Voyager 1.) A atmosfera é muito profunda, talvez compreendendo todo o planeta, sendo em termos, parecido como o Sol. Ela é composta principalmente de hidrogênio e hélio, com pequenas quantidades de metano, amônia, vapor d'água e outros componentes. As grandes profundidades dentro de Júpiter, a pressão é tão grande que os átomos de hidrogênio são quebrados e seus elétrons são liberados de forma que os átomos resultantes consistem-se de simples prótons. Isto produz um estado no qual o hidrogênio torna-se metálico.

Maiores detalhes no site: http://astro.if.ufrgs.br/solar/jupiter.htm