quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os Mitos da Expansão do Universo



A expansão do espaço é conceitualmente diferente de outros tipos de expansões e explosões que são vistas na natureza. Nossa compreensão do "cenário do Universo" (o espaço-tempo) necessita que o espaço, o tempo e a distância não sejam absolutos, senão que são obtidos a partir de uma métrica que pode modificar-se. Na métrica de expansão do espaço, mais que objetos num espaço fixo distribuindo-se até o vazio, é o espaço que contém os objetos e que está modificando-se propriamente falando. É como se os objetos não se movessem por si mesmos, é o espaço que está "crescendo" de alguma maneira entre eles.

Se o universo está se expandindo, será que ele teve uma origem? Será que ele terá um fim? Qual sua idade? Qual é o seu tamanho? Será que seremos vítimas de um cataclismo cósmico de dimensões inimagináveis? Será que podemos compreender o “início”? Examinamos questões semelhantes quando discutimos sobre os mitos de criação. Embora as questões sejam as mesmas, os cientistas irão tentar respondê-las de formas muito diversas das dos feiticeiros ou sacerdotes de diferentes religiões. É importante que tenhamos em mente as diferenças fundamentais entre um enfoque religioso e um enfoque científico das questões cosmológicas. A linguagem é diferente, os símbolos são diferentes. As teorias cientificas têm sempre de ser testadas por experimentos, ao contrário da relativa liberdade dos criadores de mitos; mas as questões são as mesmas, isso não podemos negar.


Não podemos negar que há limitações nas respostas científicas em algumas ocasiões. Em particular, quando lidamos com a questão da “Criação”, nossa própria criatividade, cientifica ou não, colide com uma parede de concreto, e somos obrigados a nos recordar das palavras de Platão, para quem “todo conhecimento é apenas esquecimento”. Os cientistas que trabalham nessa área, relativamente livres das imposições de dados experimentais, modelam o desconhecido com não muito mais do que consistência lógica e princípios físicos gerais como guias enquanto os criadores de mitos tentam inventar imagens daquilo que não tem imagem. Percebemos isso nas diversas religiões, em diversas épocas de nossa história:

EGITO: A terra surgiu do Nilo:
Havia no Egito Antigo vários mitos sobre a criação, contam-se pelo menos 10
divindades criadoras.

Antes de todas as coisas não havia se não trevas e “água primordial”, o Nun (oceano à semelhança do Nilo que continha todos os germes da vida).

Surgiu o senhor todo-poderoso Atum, que se criou a si próprio a partir do Num, por ter pronunciado o seu próprio nome, depois teve 2 gêmeos, um filho Chu (que representava o ar seco) e uma filha Tefnut (ar húmido). Estes separaram o céu das águas e geraram Geb – a terra seca e Nut – o céu.


GRÉCIA: A união do Céu e da Terra

Para os Gregos, o início da criação era o Caos, e este gerou Érebo (a parte mais
profunda dos infernos) e Nyx (a noite). Estes fizeram nascer Éter (o ar) e Hémera (o dia).

Depois Gaia (terra) tornou-se a base em que todas as vidas têm a sua origem. Úrano (céu) casou-se com Gaia (terra). Todas as criaturas provêm desta união do céu e da terra (titãs, deuses, homens).

Criação Bíblica

1º Dia – “Deus criou o Céu e a Terra”

2º Dia – “Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou firmamento de Céu”

3º Dia – Houve a Terra e os Mares

4º Dia – Deus separou os dias e as noites

5º Dia – Surgem peixes e aves

6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem

7º Dia – “Deus descansou”
Teoria do BIG BANG

Teoria mais aceita sobre a origem do Universo, segundo ela o Universo teria nascido a partir de uma concentração de matéria e energia extremamente densa e quente.

Nesse momento, ocorre uma explosão, o chamado Big Bang, que desencadeia a expansão do Universo, depois a matéria arrefece (perde energia) e passados um bilhão de anos, a matéria agrega-se para formar as primeiras galáxias.

Poderíamos continuar aqui a expor mais e mais teorias de mitos da criação, mas a nossa discussão é outra, só o fiz para figurar os diversos mitos da criação, que se encontram nas religiões e povos antepassados.

Os resultados revelam uma belíssima, mesmo que limitada, universalidade do pensamento humano em questões pertinentes à natureza do “Absoluto”, como ele se tornou relativo, como o “Um” tornou-se muitos. Modelos científicos de criação, ou modelos cosmogônicos, necessariamente repetem certas ideias presentes nos mitos de criação: ou o Universo existiu para sempre, ou ele apareceu num determinado momento do passado, a partir do Caos ou a partir do Nada, ou, quem sabe, é desde criado e destruído numa dança de fogo e gelo. Existe apenas um número finito de respostas possíveis, que foram visitadas independentemente pela imaginação científica e pela religiosa. Talvez ainda mais importante do que as respostas sejam as perguntas, que revelam tão claramente o que significa ser humano. Conforme escreveu Milan Kundera no seu romance A Insustentável Leveza do Ser:

De Fato, as únicas questões realmente sérias são aquelas que até uma criança pode formular. Apenas as questões mais inocentes são realmente sérias. Elas são as questões sem resposta. Uma questão sem resposta é uma barreira intransponível. Em outras palavras, são as questões sem resposta que definem as limitações das possibilidades humanas, que descrevem as fronteiras da existência humana.

Assistam o vídeo que conta um pouco da História Limitada do Universo:



Fontes:

GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo: dos Mitos de Criação ao Big Bang. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

GUIA, Liliana. Mitos Sobre a Criação do Mundo. http://www.notapositiva.com / acesso em 23/02/2010.

KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. Londres: Faber and Faber, 1984.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Discos voadores nos céus da Grã-Bretanha


Em março de 1997, um morador de Birmingham, na Grã-Bretanha, chegou em casa do trabalho às 4h da madrugada e foi surpreendido por uma estranha nave azul e triangular pairando sobre o quintal da residência. Depois de três minutos, o objeto desapareceu rapidamente no céu, deixando para trás, na copa das árvores, uma substância branca. No mesmo ano, em janeiro, outro britânico dirigia à noite no País de Gales quando viu um “tubo de luz” descendo do céu em sua direção. Ao sair do carro, o homem foi cercado por uma luz estranha e começou a se sentir mal. Dias depois, passou a sofrer de um problema de pele. Histórias como essas, ao que tudo indica fantasiosas, constam de um calhamaço de mais de 6 mil páginas de documentos sobre supostos casos envolvendo Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis), os populares discos voadores (ou UFOs, como são chamados em inglês). Divulgado ontem pelo Ministério da Defesa e pelos Arquivos Nacionais da Grã-Bretanha, o material engloba relatos de 1994 a 2000 e é o quinto volume de uma série que está sendo liberada ao público aos poucos. Entre outras curiosidades, os documentos mostram como as descrições sobre Ovnis mudaram com o tempo, adequando-se à visão da época sobre como seria a tecnologia do futuro. Nos anos 40 e 50, os UFOs dos relatos tendiam a ser em forma de disco. Nos documentos divulgados ontem, são em grande parte pretos e triangulares, como os bombardeiros americanos invisíveis ao radar.





NO BRASIL

No Brasil, os Ovnis possuem um episódio bastante conhecido, registrado logo após o fim da Ditadura Militar. No dia 19 de maio de 1986, cerca de 21 objetos voadores não-identificados sobrevoaram o espaço aéreo brasileiro, sendo detectado por várias estações de radares, incluindo diversos aeroportos e o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), em Brasília. Três caças Mirage e dois caças F-5 que decolaram para interceptar os Ovnis também fizeram contato visual com os objetos. O caso sacudiu o país e gerou uma declaração formal dos militares brasileiros, que reconheceram pela primeira vez na História do Brasil os desconhecidos objetos voadores. Misturando-se com crenças, com o imaginário popular e até mesmo com a política.
[Nunca podemos duvidar do que se passa no céu, no espaço. O Universo tem segredos que o homem não consegue desvendar, mas pensem bem: Fim da Ditadura Militar, os militares declaram que viram Ovnis no céu do Brasil, isto me parece muito suspeito.
Bom, fica a imprensão, como as tantas vezes que os militares depuseram para o povo que o Brasil estava sendo invadido por Comunistas, para que o povo desse confiança, outra vez, aos militares como ocorreu em 1964. Nota do Prof. Hugo Leonardo]
Assim são os relatos dos discos voadores ao longo da história. E, verdade ou mentira, segue alguns vídeos relacionado ao texto:

19 Maio de 1986 - Visita oficial dos OVNI's ao Brasil:



Guerra dos Mundos - Orson Welles


Fontes:



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Atividade solar pode interferir comunicações na Terra até 2012, dizem cientistas


A atividade na superfície do Sol vem se intensificando e poderá provocar interferências nas redes de comunicação da Terra nos próximos dois anos, segundo adverte um grupo de cientistas em antecipação ao lançamento de um novo observatório solar da Nasa, a agência espacial americana.

Novas fotos feitas por telescópios espaciais mostram um aumento significativo das chamadas labaredas solares e de regiões de poderosos campos magnéticos conhecidos como pontos solares após um período com a mais baixa atividade solar em quase um século.

Imagem da Nasa de janeiro mostra labaredas solares (foto: cortesia Nasa / Missão Trace)


A atividade solar intensa pode prejudicar o campo de proteção magnética da Terra, provocando sérios problemas nos sistemas de comunicação e até mesmo nos sistemas de distribuição de energia elétrica.

Segundo os cientistas, o pico da atividade solar poderá ocorrer em meados de 2012, elevando o risco de problemas com transmissões de televisão e redes de internet e o risco de apagões durante os Jogos Olímpicos de Londres.

'Maluco'

"Nos últimos três anos, a superfície do Sol havia se acalmado bastante por um tempo. A cada 11 anos as labaredas reaparecem, e de repente vemos a retomada dessa atividade", afirma a astrônoma Heather Couper, ex-presidente da Associação Britânica de Astronomia.

"O Sol é uma grande massa magnética, e se há qualquer interrupção nos campos magnéticos, o Sol fica meio maluco, então temos essas incríveis explosões e labaredas e coisas que provocam fenômenos como as auroras boreais", explica Couper.

"Quando o Sol tem uma labareda, isso pode realmente afetar as conexões elétricas no nosso planeta. Isso já provocou até mesmo no passado a interrupção dos negócios nas bolsas de valores de Tóquio e no Canadá", diz a astrônoma.

Sem explicações

Apesar de os cientistas conhecerem bem as consequências do aumento da atividade solar, eles ainda não têm muitas explicações para a origem do fenômeno, muito menos condições de prever sua ocorrência.

Os pesquisadores esperam que o lançamento do Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, nesta semana, os ajude a coletar dados que os ajudem a dar avisos antecipados da ocorrência de labaredas solares e de tormentas magnéticas.

Segundo eles, as consequências podem ser minimizadas com o desligamento de circuitos eletrônicos sensíveis antes das tormentas magnéticas, reduzindo o risco de danos a satélites de transmissão.

A sonda da Nasa, que deverá ser lançada no sábado, ficará na órbita da Terra por cinco anos para investigar as causas da atividade solar intensa.

ATIVIDADES SOLAR


A atividade do Sol não é constante. Isto pode ser constatado pela observação dos diversos fenômenos que nele ocorrem e já descritos anteriormente. Observa-se uma periodocidade da ordem de 11 anos na atividade solar. Quando esta alcança um máximo, diz-se que é época do "Sol Ativo" e quando a atividade é mínima, o Sol é denominado "Sol Calmo". O número de manchas solares observadas na fotosfera (é a "superfície" do Sol, entendendo-se por superfície a região do sol possível de ser observada diretamente com o olho humano. Sua espessura é de aproximadamente 300 km, e encontra-se a uma temperatura de 5.500ºC.) é um dos principais indicadores da atividade do Sol. (FARIA, 1987, p. 113)


Fontes:

BBC - Brasil
FARIA, Romildo Póvoa (org.). Fundamentos de Astronomia. 3ª ed. Campinas, SP: papirus, 1987.