quarta-feira, 20 de maio de 2009

Após reparos, astronautas do Atlantis se despedem do Hubble


Da EfeEm Washington



Os sete astronautas do ônibus espacial Atlantis se despediram hoje do telescópio orbital Hubble que, uma vez reparado, passará a capturar imagens ainda mais impressionantes das profundezas do Universo.
Após uma série sem precedentes de cinco dias de trabalhos externos a 563 quilômetros da Terra, os astronautas liberaram o Hubble às 9h57 (Brasília), quando a nave cumpria sua órbita 119 sobre o Atlântico, se aproximando do litoral da África.
Cerca de duas horas antes, o comandante do Atlantis, Scott Altman, manobrou a nave para a orientação correta de modo a soltar o observatório, de 13 toneladas.
Depois, foi dada a ordem para a abertura da porta do telescópio, que protege os instrumentos extremamente sensíveis, a fim de permitir que a luz das estrelas apareça nas lentes.
E após essa operação, a especialista de missão Megan McArthur manobrou o braço robótico do Atlantis deixando o telescópio acima da nave antes de soltá-lo.
O telescópio, posto em órbita há 19 anos, ficou erguido no bagageiro do Atlantis, a última nave que o visita para consertos e manutenção, enquanto os astronautas trocavam baterias, limpavam mecanismos e instalavam aparelhos que melhorarão sua capacidade de observação cósmica.
"A missão foi extremamente interessante", disse o comandante do "Atlantis", Scott Altman depois que na segunda-feira se completaram os trabalhos, com um custo de US$ 220 milhões, que incluíram a colocação de novos instrumentos no observatório espacial.
Perto de 45 minutos depois da liberação do Hubble, a nave começou a se afastar do telescópio, caminho de uma órbita a aproximadamente 385 quilômetros da Terra, para onde Altman e seus seis companheiros retornarão.
O Atlantis fez a quinta missão de nave para trabalhos no Hubble, que foi também a última do tipo. A Nasa (agência espacial americana) retirará de serviço no próximo ano sua frota de ônibus espaciais inaugurada em 1981, e cuja história, além de muitos sucessos, inclui também dois acidentes e 14 astronautas mortos.
Para realizar os trabalhos no Hubble, o Atlantis orbitou a 27.000 km/h, muito acima da faixa em que permanece a Estação Espacial Internacional (ISS).

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