Inúmeras observações visando realizar novas contagens estelares foram realizadas a partir do século XIX, inclusive com a utilização de recursos fotográficos. O astrônomo holandês Jacobus Cornelius Kapteyn (1851-1922), examinando várias chapas fotográficas com milhares de estrelas, desenvolveu um modelo segundo o qual a Galáxia deveria possuir uma extensão de aproximadamente 55.000 A.L (Anos-Luz). com um volume centenas de vezes superior ao imaginado por Herschel. No início do século XX, estudando a distribuição de aglomerados globulares no céu, o astrônomo americano Harlow Shapley (1885-1922) contatou que o Sol não se encontra no centro da Galáxia, como também imaginava Kapteyn, mas a cerca de 50.000 A.L. dele. Calculou sua extensão em aproximadamente 200.000 A.L. Com a descoberta da presença de poeira no espaço interestelar, em 1930, verificou-se que a distância do Sol ao centro da Galáxia e suas dimensões haviam sido superestimadas por Shapley, possuindo valores da ordem de 30.000 A.L. e 100.000 A.L. respectivamente.
Os Valores atualmente considerados para a extensão máxima da Galáxia são da ordem de 90.000 A.L. a 110.000 A.L. Sua espessura é de aproximadamente 10.000 A.L. e a distância do Sol ao centro da Galáxia é da ordem de 28.000 A.L. Seus constituintes básicos são as estrelas e a matéria interestelar, constituída por gases e partículas microscópicas de poeira cósmica.
Esta matéria se distribui predominantemente em torno de um plano denominado plano médio da Galáxia, em forma de disco. Estima-se que existem mais de 150 bilhões de estrelas na Galáxia de acordo com os cálculos efetuados para sua massa, que é um pouco superior a este valor, encontra-se parte dela concentrada na forma de gás e poeira interestelar.
Os valores citados anteriormente são ainda os mais utilizados, porém modelos desenvolvidos a partir de meados da década de 1970 sugerem que as dimensões e a massa da Galáxia possam ter valores até dez vezes superiores. Estes modelos, entretanto, são ainda muito discutidos e envolvem vários problemas de caráter teórico e observacional, não resolvidos completamente.
Estrutura Espiral da Galáxia
A partir de 1951, quando W. W. Morgan e colaboradores estudaram, por meios ópticos, aglomerados jovens de estrelas e o gás interestelar, surgiram evidências sobre a Galáxia ter uma estrutura espiral. Novas indicações deste fato foram obtidas através de observações radioastronômicas, particularmente as efetuadas na linha de comprimento de onda de 21 cm do Hidrogênio neutro existente na Galáxia.
Atualmente consideram-se a existência de pelo menos três braços espirais na Galáxia, num dos quais se encontra o Sol, necessitando-se ainda, entretanto, conhecer mais detalhes sobre os mesmos e sua distribuição. É nos braços espirais que se concentra a maior parte da matemática existente na Galáxia. Vejam o vídeo sobre a Via Láctea:
http://hugoleonardohistoriador.blogspot.com/2009/06/video-via-lactea.html#comments
Fontes:
FARIA, Romildo Póvoa (org.). Fundamentos de Astronomia. 3ª ed. Campinas, SP: papirus, 1987.
Internet: http://www.emefnewtonreis.kit.net/sistemasolar.htm Acesso em 21/08/2010