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Durante a Idade Média, percebemos que o conhecimento andou perdido. A sabedoria do passado foi esquecida, condenada pela Igreja como paganismo, a raiz de todo mal, segundo a filosofia católica da época. Os conhecimentos Gregos e Romanos foram distorcidos e erroneamente interpretados, seja intencional ou não, por santo Agostinho.
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Agostinho foi muito influenciado pelo neoplatonismo de Plotino. Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (em um livro de mesmo nome), distinta da cidade material do homem. Seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A igreja se identificou com o conceito de "Cidade de Deus" de Agostinho, e também a comunidade que era devota de Deus.
Vivendo como um intelectual pagão, ele tomou uma concubina e se tornou um maniqueísta. Posteriormente se converteu para a Igreja Católica, se tornou um bispo, e se opôs às heresias, como a crença que as pessoas possuem a habilidade de escolher fazer um bem tão forte que poderia merecer a salvação sem receber a ajuda divina.
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SANTO AGOSTINHO DE HIPONA
Para a Igreja as perguntas sobre a Astronomia ou cosmologia eram encontradas na Bíblia. “O Firmamento não é esférico, mas sim retangular”. Vejam o que diz no Livro de Isaías: “Deus estendeu o céus como uma cortina em forma de tenda”. Finalmente, a Terra é retangular ou circular como disco? Depende onde você for consultar na Bíblia.
O motivo pelo qual destas teorias católicas terem se propagados foram as divisões territoriais e da língua falada nos impérios, no século IV; quando inicia a decadência do império Romano, (Império do Oeste – com a língua latim e Oeste – Império Bizantino – com a língua grega), e as corrupções que enfraqueceu a “imponência” do império। Também, o império sofre grandes ataques dos bárbaros, as invasões bárbaras minaram as forças imperiais, já agonizantes, tomando pouco a pouco seus territórios e pondo fim ao Império Romano em 476 d. C.
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Mapa da Invasão Bárbara
Em 324, Constantino, o Grande, imperador do Leste, converteu-se ao cristianismo. À medida que o Império Bizantino crescia em força, Constantino tentava retomar o Oeste do domínio das tribos germânicas, disseminando o cristianismo como a nova fé dos romanos e oferecendo apoio às várias comunidades cristãs espalhadas pela Europa. Mesmo depois da queda de Roma, o cristianismo e a Igreja sobreviveram orientados por santo Agostinho e o papa Gregório I (590-604).
Como todos já sabem, a igreja se tornou referência ideológica para a civilização que foi influênciada pelas suas ideias (devoções à religião como remédio para alma e contra os “rituais pagãos dos bárbaros”).
Buscando conter as chamadas ideias bárbaras, a igreja justificava que o barbarismo que corrompia o corpo era o mesmo que corrompia a mente; qualquer apropriação de informação através dos sentidos decerto só poderia levar à corrupção da alma. Os estudos da natureza, como a astronomia, foram considerados conhecimento “pagão”, capaz de derrubar a ideia cristã.
Neste ponto de vista, confesso que gostei, a Igreja dá total crédito e força, mesmo sem intenção, a Astronomia. Esta ideia de que a Astronomia corrompe a “pureza” do catolicismo, se encontra nas próprias palavras de santo Agostinho:
“Agora menciono uma outra forma de tentação ainda mais variada e perigosa. Pois acima da tentação carnal, que se baseia nas delícias e prazeres sensuais – e cujos escravos, ao distanciarem-se de Vós, provocam sua própria destruição – existem também a tentação da mente, que, utilizando-se dos cinco sentidos, motivada por vaidade e curiosidade, realiza experimentos com o auxílio do corpo, em busca de conhecimento e sabedoria [...] Assim, os homens investigam os fenômenos da Natureza – aquela parte da natureza externa aos nossos corpos – mesmo que esse conhecimento não tenha nenhum valor para eles; eles estão interessados apenas na busca do conhecimento, puro e simples [...] Certamente os teatros não me atraem mais, nem tenho interesse em estudar os movimentos celestes”.
Assistam ao vídeo, Galileu versus Igreja, dividida em 10 partes:
O Julgamento de Galileu:
Fontes:
GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo: dos Mitos de Criação ao Big Bang. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
KOESTLER, Arthur. The sleepwalkers. Middlesex: Penguin, 1959.
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